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Apesar de ser um processo natural, esse período pode ser amenizado com algumas dicas e comportamentos.
A psicóloga Jéssica Horácio explica que todo processo de perda pode trazer uma sensação de luto para os seres humanos. “Pode ser a perda de um objeto, de um relacionamento ou de um emprego. Tudo isso leva as pessoas a entrarem nesse processo, que é natural, e que deve ser sentido na sua integralidade”, comenta.
A morte pode perpassar alguns rituais, dependendo de cada religiosidade. Para a psicóloga, é importante inserir as crianças nessas tradições. “Primeiramente, é preciso deixar tudo bem claro para a criança, evitar dizer que as pessoas que morrem se transformam em estrelas, em anjos, em algo que possa sugerir um mistério. Temos que falar a verdade e perguntar para a criança se ela quer participar daquele ritual religioso”, ensina.
Nas horas de dor e de tristeza é normal que amigos e parentes queiram dizer algumas palavras para consolar a pessoa enlutada. “Nesse momento, nada que você diga vai ser assimilado na sua totalidade, porque a pessoa está passando por uma situação de muito transtorno. O melhor é dar um abraço, se mostrar presente e prestativo”, aconselha Jéssica.
De acordo com pesquisas relacionadas com o período de luto, ele costuma durar de um a dois anos. Depois desse tempo, os sintomas podem evoluir para algum transtorno psicológico. Por isso é importante o acompanhamento profissional. “Existem fases a serem superadas até o retorno à ‘normalidade’, e isso não significa não falar mais da pessoa que morreu, ou não sentir mais falta. A superação acontece quando a pessoa se recorda do seu ente querido e sente só saudade, sem culpa ou angústia”, constata a psicóloga.
Para Jéssica, o mais importante é que a pessoa se permita sofrer. “Muita gente reprime esse sentimento e isso não faz bem. Precisamos extravasar aquilo que sentimos, porque somente assim vamos, aos poucos, voltando à nossa rotina”, conclui a profissional.